Indígenas prosseguem com atividades da agricultura familiar durante a pandemia 

Aldeia indígena Massapô continua o plantio e colheita de alimentos durante o isolamento social

Isadora Dias

Agricultores familiares da aldeia Massapô estão cumprindo com as normas de isolamento social dadas pela Organização Mundial da Saúde, saindo da aldeia apenas em casos de extrema necessidade. Não só para isso, como também criando estratégias para manter o plantio, colheita e o principal, a venda dos alimentos da agricultura familiar. “As pessoas permaneceram trabalhando normalmente, pois as atividades da agricultura familiar jamais terminam, chamamos esse processo de círculo, pois quando se realiza a colheita, já tem outro grupo prepando para plantar novamente”, destaca Maria Alice de S. Cupudunepá, moradora da aldeia. 

No entanto, apesar da continuidade das atividades, Maria Alice afirma que o percentual de venda foi afetado pela pandemia, pois os estabelecimentos que compravam os alimentos foram fechados. Uma das alternativas encontradas visando a sobrevivência financeira foi a venda dos produtos por um preço mais barato, para as próprias comunidades do povo Umutina,  porém nem todos foram vendidos pois muitas já possuiam os produtos.

Mas a comercialização nas comunidades e a circulação de dinheiro interno obteve êxito,  “têm dado certo a comercialização nessas comunidades, pois além de receberem alimentos saudáveis ainda existe a vantagem da circulação do dinheiro internamente”, declara a indígena. 

Ela finaliza falando sobre as sobre as coisas que a mantém firme nesse momento difícil, representando o nome e sentimento de todas as famílias do território Umutina, é a esperança de que essa fase ruim passe e que tudo volte a normalidade de antes, com muita saúde e esperança.