Isadora Dias
No sábado (12), a Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso – RECOOPSOL e o Instituto de Saúde Coletiva – ISC, promoveram uma reunião com agricultores, professores, técnicos e estudantes no Assentamento Agroana Giral, localizado no município de Poconé (103 km de Cuiabá). O encontro tinha como objetivo debater sobre alguns encaminhamentos pendentes. Entre eles, os mecanismos de controle da qualidade da produção orgânica, questões referentes a Comunidade Sustenta a Agricultura – CSA, resultados das análises de solo coletadas das propriedades dos produtores, a situação da energia elétrica do Assentamento, além da futura implantação de uma estufa para produção de vegetais.
Além disso, a estrutura geral da RECOOPSOL, agroflorestas e dos projetos que estão sendo desenvolvidos na Comunidade, foram temas apresentados aos participantes. Na parte da manhã, a Equipe debateu sobre as pautas citadas acima e visitou os agricultores na tarde. Segundo Daiane Silva Oliveira, engenheira florestal e membro da RECOOPSOL, a reunião teve início com a explicação das diferenças entre produtos convencionais e orgânicos, além dos meios de garantia e comprovação da característica orgânica a produção. O registro das visitas e das atividades que estão sendo realizadas nas propriedades foram ações citadas como importantes, visto que tais são fundamentais na legitimação do plantio orgânico, ou seja, livre de agrotóxicos e outras substâncias.
Em um certo momento do encontro, os agricultores tiveram auxílio para elaboração de seu calendário agrícola, o qual objetiva um melhor planejamento da produção, criação de uma maior variedade de produtos e evidência de possíveis épocas de produção de cada cultura, úteis também para o conhecimento dos consumidores.
Os membros da Rede e os participantes realizaram um calendário agrícola para planejamento da produção, o qual visa melhorias no solo e a criação de uma maior variedade de produtos. Durante a reunião, foi enfatizada a preocupação sobre a qualidade dos produtos da Agroana como a principal responsabilidade dos produtores e das instituições envolvidas.
Também foi realizado o agendamento de um dia de campo relacionado às práticas dos sistemas agroflorestais e de uma oficina de adubos alternativos. “Esses adubos alternativos, como a compostagem e biofertilizantes, são importantes na questão de utilizar os recursos que são disponíveis localmente, pois contribui para a autonomia do agricultor familiar que está produzindo o próprio adubo como insumo na sua produção”, enfatiza Daiane.