Conheça o coordenador geral da Rede de Economia Solidária de Mato Grosso (Recoopsol), Oscar Zalla Sampaio Neto
Texto: Davi Vitorazzi
Vídeo e edição: Ingrid Moraes
Oscar Zalla Sampaio Neto é professor na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e atual coordenador geral da Rede de Economia Solidária de Mato Grosso (Recoopsol). Trabalhou com projetos de extensão envolvendo a economia solidária na UFMT desde 2002, antes mesmo de se efetivar como professor titular na Instituição que ocorreu em 2009. Graduado em Engenheira de Alimentos, mestrado e doutorado na mesma área, Zalla destaca que na economia solidária prevalece a autogestão – todos associados tomam decisões em conjunto que visa beneficiar ao todo.
Outro aspecto para a economia solidária é o trabalho em rede. Oscar conta que trabalhar em rede é reconhecer que separados os atores não conseguem resolver problemas mais complexos, que afetam diversas pessoas. Desde do período em que terminava seu mestrado, quando mudou para Mato Grosso, em 1993, Oscar percebeu que falta na Universidade mais conexão entre seus integrantes.
Para economia solidária a interdisciplinaridade é algo fundamental. Não por acaso que em outros projetos de mesmo cunho na UFMT, a iniciativa veio, por exemplo, com um professor do Instituto de Física. No Recoopsol não é diferente, há projetos da Agronomia, Geografia, Comunicação, Nutrição, Economia, Engenharia de Alimentos, Computação, etc. Para as organizações de cunho social a interconexão entre diferentes setores também é primordial, a fim de fortalecer laços de trocas serviços, produtos, logística e entre outros. Ou seja, melhorar o trabalho e minimizar problemas.
Ao longo da vigência do projeto um dos objetivos é melhorar e ampliar o processo de comercialização da rede. Em outras etapas o projeto já teve outros objetivos como melhorar a estrutura física ou fiscal. Mas por hora o foco é ampliar os canais de comercialização. No Recoopsol, internamente, é de aproximar as diferentes áreas do conhecimento e articular de forma coerente, visando propor soluções para problemas sociais, que atendam a comunidade de modo amplo. Além disso, em rede, que os empreendimentos possam atuar de modo autônomos e democráticas, fortalecimento a economia solidária, especialmente gerando renda aos associados da rede.