Os orgânicos na vida do produtor e do consumidor

Produtos certificados e regulamentados são comercializados toda a sexta-feira no Portão 1 da UFMT

Lariça Luzia

Os produtos orgânicos precisam passar por uma série de regulamentações de acordo com a legislação para obter a certificação e poder ser comercializado nesta categoria. A diferença para os produtos convencionais é a utilização de agrotóxicos, defensivos ou produtos químicos. Ou seja, muitas vezes consumimos nos alimentos resíduos químicos que não fazem bem para saúde do produtor e do consumidor. 

Segundo o professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Alexandro Ribeiro, os orgânicos são naturais, podem ser colhidos e utilizados no local como um sistema mais sustentável ao meio ambiente e ao agricultor. “Para produzir orgânico, se produzido convencional, é preciso entrar em um processo de transição tirar sua parte química e começar a produzir orgânico”, destaca Ribeiro. 

O fato clima também é levado em conta no cultivo de orgânicos na Baixada Cuiabana. Cada tipo de fruta, verdura e legume têm um tempo propício para produção.  “A quantidade de produtos da baixada cuiabana ainda é pouca. No período de seca conseguimos produzir de 30 a 35 variedades, mas, agora no tempo de chuva as vezes chega a 12”, explica Ribeiro.

Segundo a leno 10.831, de 23 de Dezembro de 2003, considera-se produto da agricultura orgânica ou produto orgânico, seja ele não processado ou processado, aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local”.

Comercialização

Os agricultores da Baixada Cuiabana ainda enfrentam dificuldades na comercialização dos produtos orgânicos. A concorrência com o mercado convencional e abertura das portas para o produtor e consumidor local são faotes que influenciam essa situação. Diante disso, surgiu a Ecofeira na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) após um estudo para conclusão de curso de dois estudantes. O objetivo é dar oportunidade de comercialização ao produtor local.

Para o professor Alexandro, a feira é importante garante um acesso democrático a alimentos saudáveis. “O consumidor tem acesso a produtos locais, acesso a alimentos saudáveis, um produto certificado com orgânico, um produto de qualidade e os produtores têm a oportunidade de está comercializando a produção e ainda ter um ganho financeiro”. 

A Ecofeira faz parte do projeto Rede de Economia Solidaria (Recoopsol) e funciona todas as sextas-feiras, no portão 1 da UMT, a partir das 17h com orgânicos de qualidade ao consumidor.