Grupo Flores do Cerrado e TECEVIDAS estão produzindo máscaras de proteção contra o novo coronavírus
Isadora Dias e Cristóvão Almeida
Diante a pandemia dos vírus da Covid-19, vários empreendimentos foram obrigados a interromper suas atividades nas suas unidades físicas de vendas. No entanto, mesmo com dificuldades, há organizações que estão tomando iniciativas para que o momento que estamos passando possa continuar gerando trabalho e renda. O grupo Flores do Cerrado e TECEVIDAS estão se reunindo no Centro Referência de Desenvolvimento Humano do Bairro Planalto, para a produção de máscaras 100% algodão que evitam o contágio pelo novo coronavírus.
Segundo Miguelina Sampaio, coordenadora de projetos sociais no Departamento de Assistência Social da Fundação Bom Jesus de Cuiabá, as produções tiveram início após um pedido de doação de 16 máscaras para os funcionários da Fundação ligada à Mitra da Arquidiocese. No entanto, os grupos não imaginavam que os pedidos aumentassem tanto após uma postagem nas redes sociais pessoais de Estela Costa, diretora da Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá. Depois disso, pedidos de 500 a 5.000 unidades feitos por diversas organizações, entre elas a Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso (Recoopsol).
Para Miguelina, a motivação é o fortalecimento de um grupo de lideranças femininas e a empatia para com o outro. “Cuidar de mim é cuidar do próximo”, enfatiza. Contudo, a coordenadora relata as dificuldades enfrentadas, como a disponibilidade de materiais essenciais para a continuidade da produção das máscaras. Elásticos e algodão cru são materiais que estão em falta para venda, portanto o grupo começou a usar malha para produzi-las.
Outro obstáculo citado é o horário que elas podem adquirir os objetos que se esgotam rapidamente nas unidades de venda. As produções estão tendo auxílio na produção e apoio da Mili Confecções, Fundação Bom Jesus e Recoopsol, além dos pedidos de 15 a 100 unidades efetuados pelos empreendimentos parceiros.
Grupo Flores do Cerrado e TECEVIDAS
O grupo Flores do Cerrado nasceu há mais de três anos e é constituído por oito mulheres de bairros populares como Altos da Serra, Jardim Itamarati, Planalto e Sol Nascente. Surgiu a partir de cursos de formação fornecidos pelo Centro de Formação em Economia Solidária – CFES/CO, em parceria com Associação Resgatando Cidadania, REDE CIDADÃ e Fundação Bom Jesus de Cuiabá para contribuir para uma maior renda e autonomia financeira dessas mulheres. Já o grupo TECEVIDAS nasceu no bairro Três Barras, da iniciativa de seis mulheres com a fabricação de pães de mel e bombons, os quais foram substituídos pela confecção de roupas íntimas, camisetas e bolsas de algodão cru.