Grupos de comercialização em Rede reivindicam a Central de Comercialização da Agricultura Familiar em Várzea Grande
A pandemia da Covid-19, trazendo o isolamento social e fechamento temporário dos estabelecimentos, vem fragilizando diversos setores da sociedade, entre eles o da agricultura familiar. A partir disso, grupos de comercialização em Rede, buscando amenizar os danos, reivindicaram a utilização da Central de Comercialização da Agricultura Familiar, localizado no município de Várzea Grande. Em primeiro momento, o grupo havia agendado uma reunião na SEAF com o sub secretário, para tratar desse assunto e de um protocolamento específico, mas não foram recebidos.
No dia 29 de abril, sem respostas da SEAF sobre suas reivindicações, o grupo citado convidou a Recoopsol para uma reunião junto ao Deputado Wilson Santos (PSDB), para contribuir na exposição das demandas desse grupo, que sensibilizado com a causa, remarcou a reunião com o Secretário da SEAF para o dia 04 de maio, às 15 horas. Após o agendamento, membros da Recoopsol, Formad, Unicafes, Coopergrande, Fase, Corimbatá, Coopernossasenhora, CooperVV e Comprup reuniram-se virtualmente para a construção de uma proposta a ser apresentada ao Secretário.
Conforme o combinado, na segunda-feira (04), respeitando normas da Organização Mundial da Saúde, o pequeno grupo formado por quatro membros das organizações Recoopsol, CTA, CooperNossaSenhora, Unicafes e FTSAN-BC, foram a reunião com o Secretário da SEAF, com intermédio do deputado Wilson Santos (PSBD). Segundo eles, a reunião foi proveitosa, apesar de um endurecimento inicial do Secretário as pautas explicitadas.
Contudo, diante dos argumentos expostos, o Secretário cedeu e garantiu que entraria em contato com a PGE, na manhã do mesmo dia, para avaliar o instrumento possível de contratação que será utilizado. A proposta inicial foi que o Estado assumisse os custos iniciais do espaço, a qual o Secretário concordou. Wilson Santos expôs também, a proposta das emendas parlamentares de apoio.
Elizabete da Silva, professora e integrante do FTSAN, estava presente na reunião e afirma que a retomada das atividades na Central de Comercialização centra seu objetivo em realizar o manejo e higienização dos alimentos de forma correta, medidas as quais são indispensáveis nesse momento de pandemia. Além disso, a reivindicação do espaço é uma das estratégias para a obtenção de um espaço maior e mais confortável para organizar a produção, além de diminuir os custos de produção e entrega dos alimentos nas casas, visto que os grupos estão se mobilizando em conjunto para realizá-la.
A professora diz que a falta de um espaço apropriado dificulta os procedimentos da rota de comercialização dos produtos do Centro de Tecnologia Alternativa (CTA) e finaliza destacando a falta de apoio dos órgãos governamentais. “Há muitas possibilidades que estão paradas porque o governo não libera os espaços, continuam pagando as despesas de manutenção sem ninguém estar usando”, finaliza.