A perspectiva indígena na resistência das mulheres

Diálogo intercultural entre a perspectiva Indígena e a Sociedade Civil Organizada foi base de encontro

Texto: Davi Vittorazzi
Vídeo: Davi Vittorazzi, Lariça Luzia e Cristóvão Almeida

Os indígenas são povos originários do Brasil que desde a colonização tem demonstrado muita luta e resistência. Isso foi demonstrado no Seminário de Mulheres Indígenas que aconteceu na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com apoio da Rede de Economia Solidária de Mato Grosso (Recoopsol).

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Para Severiãh Idionê, professora e indígena, os povos indígenas valorizam seus ancestrais e preservam os conhecimentos. Mesmo com multiplicidade de etnias espalhado por todo continente Americano, Idionê também aponta que os indígenas têm filosofia de vidas semelhantes. É o “ser e estar no mundo”, lembra a indígena durante a mesa que discutiu o feminismo comunitário. 

Catiúscia Souza representante da Operação Amazônia Nativa (OPAN) diz que a idealização do Seminário de Mulheres Indígenas foi concebida pelas assembleias realizadas pela entidade e pela demanda de movimentos de mulheres indígenas no Brasil. 

O objetivo do evento foi de gerar diálogos interculturais entre entidades da sociedade civil lideranças de movimentos de mulheres e pesquisadores. Além disso, o encontro proporciona um espaço para “as mulheres encontrarem pautas em comum”, alerta Catiúscia Souza. 

Ângela Sacchi, antropóloga que estudas questões indígenas participou de uma das mesas do Seminário, no qual ela abordou como a temática de gênero tem sido aplicada pelas Instituições Indigenistas. 

“As mulheres estão falando sobre bem viver envolvendo os homens nas discussões sobre violência. Envolve tantos outros conhecimentos que a gente precisa até começar repensar o feminismo”, comenta Saccchi.