Comunidade quilombola Água Doce inicia venda de peixes e prossegue com produção de bananas durante a pandemia do coronavírus
Isadora Dias
Em tempos de pandemia, para que seja viável o prosseguimento próspero das atividades econômicas, o investimento em novos serviços por parte dos empreendimentos, é algo que se faz necessário. A comunidade quilombola Água Doce, localizada no município de Barra do Bugres (166km de Cuiabá), está investindo na pesca e venda de peixes para entrega nos setores urbanos. Moacir Rodrigues da Silva, morador do quilombo, diz que há três pescadores profissionais na comunidade e que a atividade é plenamente guiada, legalizada e documentada.
A comunidade já realiza semanalmente a entrega de 250 a 300kg de banana e outros alimentos para o grupo Barrálcol e nos núcleos urbanos. Além das bananas, também há a entrega de outros alimentos como a farinha, mandioca e abóbora. E agora, além da produção e venda dos alimentos da agricultura familiar, há a atividade pesqueira como sustento.
A preservação da biodiversidade, rios e córregos do quilombo, característica evidente pelo aspecto saudável desses, é de extrema importância. Moacir explica que as águas dos córregos e rios abastecem a Água Doce e as comunidades vizinhas. “A comunidade vizinha não tem água, ajudamos eles com o abastecimento, por isso estamos preservando bastante”, enfatiza.
Após visitas da Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – Empaer, o planejamento e estruturação de um projeto de piscicultura na comunidade estava sendo realizado, no entanto, a medida preventiva do distanciamento social teve de adiar a continuaçâo dos trabalhos. Moacir diz que as vendas permanecem em condições normais, apesar de todas as dificuldades do momento atual. Para se protegerem de um contágio pelo novo vírus, os produtores estão tomando os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde – OMS durante as entregas realizadas.